sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

A INDUSTRIALIZAÇÃO E A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA

A industrialização brasileira
O processo de industrialização em nosso país acelerou crescimento das cidades, tomando o Brasil um país predominantemente urbano.
l O início da industrialização
A atividade industrial não era muito significativa no Brasil até o século XIX. Foi somente no  século XX, especialmente durante a década de 1930, que ela assumiu uma importância crescente na economia nacional
Antes de o Brasil se industrializar, o principal produto de nossa economia era o café. A cafeicultura enriqueceu os barões do café, empresários e banqueiros e proporcionou condições favoráveis à industrialização, tais como: acumulação monetária, desenvolvimento de infraestrutura e mão de obra qualificada.
A herança da cafeicultura
São Paulo foi o estado em que a industrialização ocorreu com maior intensidade na primeira metade do século XX. Isso se deve sobretudo ao fato de que nesse estado se desenvolveu a cultura do café, principal fonte de riqueza do país no século XIX.
A produção cafeeira proporcionou uma acumulação monetária, isto é, o enriquecimento dos proprietários de terras e dos empresários ligados à produção e exportação do café. Parte desse capital acumulado com as exportações de café foi investido na importação e de máquinas e na. instalação das primeiras fábricas.
Muitos imigrantes europeus atraídos para o trabalho nas lavouras de café já tinham experiência em fábricas e foram também muito importantes no início de nossa industrialização, pois eram mão "de obra qualificada para o trabalho com máquinas e equipamentos industriais.
O desenvolvimento de infraestrutura de transportes e serviços nas regiões cafeicultoras propiciou a instalação de fábricas nas primeiras décadas da industrialização. Na cidade de São Paulo, por exemplo, estavam em expansão o sistema bancário e a produção de energia elétrica, que permitia a circulação de bondes elétricos, facilitando os deslocamentos dos trabalhadores.
A expansão das ferrovias
As primeiras fábricas utilizaram, ainda, a infraestrutura de transportes existente, especialmente portos e ferrovias, para a obtenção de matéria-prima e energia, necessárias na produção industrial, e para a distribuição dos produtos junto aos mercados consumidores.
As grandes ferrovias da Região Sudeste foram construídas para transportar a produção cafeeira das fazendas até o Porto de Santos.Todas essas linhas encontravam-se na cidade de São Paulo, formando um complexo ferroviário, de onde as mercadorias seguiam para Santos, também por Via férrea. Observe a figura 1.
Outra condição favorável à industrialização do país foi a formação de um mercado consumidor interno para os produtos fabricados pelas indústrias nascentes. Esse mercado consumidor se ampliou com a libertação dos escravizados, que se tornaram mão de obra assalariada, recebendo remuneração pelo trabalho.
As guerras mundiais e & industrialização do Brasil
No início do século XX, a economia mundial enfrentou graves períodos de crise, que tiveram repercussões negativas na produção de café no Brasil - a exportação do produto diminuía bastante ao longo das crises, causando muitos prejuízos aos produtores de café.Essa atividade econômica foi aos poucos se tornando cada vez menos lucrativa.
As duas guerras mundiais do século XX impulsionaram a produção industrial no Brasil. Com a queda na produção industrial dos países envolvidos _nos conflitos, faltaram muitos produtos nas prateleiras brasileiras. A solução foi produzir internamente o que antes era importado, o que contribuiu para o desenvolvimento da atividade industrial.
Características da industrialização brasileira
A industrialização brasileira apresenta três características principais: ocorreu tardiamente, teve um caráter de substituição de importações e depende de capital e tecnologia estrangeiros.
Industrialização tardia ou retardatária- ocorreu cerca de duzentos anos após a Revolução Industrial iniciada na Inglaterra, no final do século XVIII;
Substituição de importações - os produtos anteriormente importados começaram a ser fabricados internamente e foram bem recebidos pelo mercado consumidor;
Dependência - no início, houve necessidade de importar, de países já industrializados e mais desenvolvidos economicamente, máquinas e equipamentos para as indústrias nacionais. Posteriormente, foram atraídos investimentos e tecnologia estrangeiros, para incrementar as indústrias de bens de consumo já existentes e para implantar outros tipos de indústrias, como as siderúrgicas e petroquímicas, consideradas indústrias de base. Embora o país conte com um significativo parque industrial, essa dependência ainda marca a indústria brasileira.
Concentração e desconcentração industrial
Desde o início da industrialização brasileira, o estado de São Paulo tem a maior concentração de unidades fabris, que atualmente constituem um parque industrial moderno e diversificado. Destaca-se a Região Metropolitana de São Paulo.
Na década de 1970, o estado de São Paulo era responsável por 58,42% da produção industrial do país e a Região Metropolitana de São Paulo concentrava 77,52% do total do estado. Em 1990, esses índices passaram a ser, respectivamente, 52,83% e 58,92%. Em 2008, a produção industrial do estado de São Paulo havia caído para 38,80% do total do país.
Esses dados mostram que vem ocorrendo uma relativa desconcentração industrial, isto é, há uma tendência de distribuição das empresas industriais pelo território brasileiro. Isso decorre, entre outros fatores, do elevado custo de terrenos, aluguéis e impostos, dos congestionamentos nas principais vias de circulação e dos salários mais altos praticados em algumas regiões.
Além disso, para atrair a instalação das indústrias, os governos estaduais e municipais têm oferecido vantagens, tais como isenção fiscal e doação de terrenos. Assim, novos polos industriais têm se formado em outras regiões do país, especialmente no Sul e no Nordeste.
Ainda assim, o Sudeste continua a concentrar o maior número de empresas industriais, tendo, portanto, o mais importante parque industrial, como é possível ver na figura 2
Prioridade às rodovias
Com o desenvolvimento da atividade industrial no país, as rodovias tornaram-se uma necessidade para atender às demandas de circulação de matérias-primas e mercadorias.
A opção pelas rodovias como principal meio de transporte, a partir da década de 1950, aconteceu por causa da expansão da indústria automobilística. Nessa época, no Brasil, além da implantação das indústrias de automóveis,  ocorreu a mudança da capital do país para a Região Centro-Oeste. Esses fatos explicam o vasto programa de construção de rodovias adotado em nosso país.
A inauguração da rodovia Belém-Brasília, atravessando os estados do Pará, Maranhão, Tocantins e Goiás, foi um marco da transformação dos espaços pela atividade industrial e pela construção das estradas: o Brasil estava deixando de ser essencialmente agrário, e a ocupação, principalmente litorânea, começava a dirigir-se para o interior.
Outras rodovias importantes que surgiram no final da década de 1950 e no início da década de
1960 foram a Brasília-Acre, a Fortaleza-Brasília e a Brasília-Cuiabá.
Falta de infraestrutura
Embora o sistema rodoviário tenha sido escolhido como prioritário no Brasil, as políticas de investimento em infraestrutura ainda são insuficientes. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres, órgão do governo federal que regula e fiscaliza a prestação dos serviços de transportes terrestres, dos cerca de 1 milhão e 735 mil quilômetros de estradas que compõem a malha rodoviária brasileira, apenas 219 mil quilômetros ainda são de rodovias pavimentadas (dados de 2008).
A deterioração das rodovias nacionais e as falhas nas condições de segurança colocam em risco o usuário, provo cando frequentes acidentes com vítimas.
A urbanização brasileira
A urbanização brasileira ocorreu de maneira rápida. Em apenas quatro décadas, a população urbana quase triplicou. População urbana no Brasil
Desde 1940, a participação da população rural do Brasil no total populacional vem diminuindo. Em contrapartida, a população urbana aumentou.
Hoje em dia, não parece nenhuma novidade afirmar que a maior parte da população brasileira vive em cidades. Mas essa urbanização é bastante recente em nosso país. Há relativamente pouco tempo era muito grande no Brasil a parcela da população que vivia e trabalhava no campo.
Foi nos quarenta anos decorridos entre 1940 e 1980 que houve uma verdadeira inversão quanto ao lugar de moradia e trabalho da população brasileira: nesse período a população total do Brasil praticamente triplicou, enquanto a população urbana se multiplicou por sete vezes e meia.Observe no gráfico (figura 3) e no mapa (figura 4) alguns dados sobre a urbanização no Brasil.
Urbanização recente
Além de ser bastante recente, o processo de urbanização Brasileiro se intensificou com muita rapidez. A população urbana brasileira saltou de aproximadamente 53 milhões em 1970 para 160 milhões de pessoas no ano de 2010, enquanto a população rural, que era de cerca de 41 milhões em 1970, ficou reduzida amenos de 30 milhões em 2010.
Até a década de 1950, as atuais metrópoles de São Paulo e Rio de Janeiro não tinham papel preponderante na economia agroexportadora. Embora já se constituíssem como centro financeiro e de negócios, sua importância era bastante restrita. A Bolsa do Café, por exemplo, onde eram negociadas as safras, localizava-se na cidade de Santos.
Ao longo do século XX, o perfil da economia brasileira foi se modificando: de predominantemente agroexportador, nosso país passou a ser também industrializado. Nas cidades, a industrialização crescente passou a ser um atrativo às pessoas em busca trabalho, o que, junto ao êxodo rural provocado pela mecanização da atividade agrícola, intensificou o processo de urbanização no Brasil.
Urbanização e industrialização
Primeiramente devemos compreender a industrialização como um fenômeno que vai além da simples instalação de fábricas em determinado lugar. De modo geral, podemos defini-la como um processo em que a atividade industrial passa a comandar a economia de uma sociedade, tornando outras atividades (comércio, transportes operações financeiras, produção de matéria-prima na agricultura, pecuária, extrativismo etc.) subordinadas a ela.

Assim, o processo de industrialização acaba gerando a necessidade de ampliar a oferta de serviços e equipamentos urbanos.

ATIVIDADE

1 QUANDO A INDÚSTRIA PASSA A TER UM PAPEL SIGNIFICATIVO NO BRASIL?

2 QUEM ENRIQUECEU COM A CULTURA DO CAFÉ NO BRASIL?

O QUE VOCÊ ENTENDE POR MÃO DE OBRA QUALIFICADA?

O QUE É IMPORTAÇÃO?

5 O QUE É EXPORTAÇÃO?

POR QUE OS IMIGRANTES FORAM MUITO IMPORTANTES NO INÍCIO DE NOSSA INDUSTRIALIZAÇÃO?

O QUE VOCÊ ENTENDE POR MATÉRIA-PRIMA?

CITE UMA CONDIÇÃO FAVORÁVEL PARA A INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL NA ÉPOCA?

COMO AS GRANDES GUERRAS CONTRIBUÍRAM PARA O CRESCIMENTO INDUSTRIAL BRASILEIRO?





segunda-feira, 21 de novembro de 2016

A CLASSIFICAÇÕES DO RELEVO AMAZÔNICO


Até pouco tempo atrás, quando se falava no relevo da Amazônia, logo se lembrava da grande Planície Amazônica. Aliás, essa denominação marcou durante muitos anos, como principal compartimento, o relevo da região. Dois fatores contribuíram para que essa ideia estivesse presente. O primeiro,  corresponde à visão científica do final do século XIX, uma vez que as expedições de reconhecimento limitavam-se aos trechos navegáveis dos rios, não percorrendo aqueles encachoeirados que banham terras mais altas ou acidentadas.O segundo, diz respeito às classificações de Aroldo de Azevedo e Aziz Nacib Ab,Saber.
Utilizando-se das tecnologias da época, eles configuraram a planície Amazônica como predominante na região, possuindo limites com o Planalto das Guianas e o Planalto Sul Amazônico. Todavia, após iniciarem-se os modernos estudos fisiográficos  da região nos anos 70, essa antiga visão passou a ser discutida por não se basear em cotas altimétricas.  Além disso, ela vem caindo em desuso face à proposta feita em 1995 pelo professor Jurandyr Ross, do departamento de geografia da USP.
Com base nessa nova fisiografia e na reavaliação dos conceitos técnicos das formas de relevo encontrados no Brasil, podemos dizer que o número de porções do relevo amazônico praticamente dobrou  como veremos adiante, representando mais fielmente as diversas formas de topografia, mudando aquela ideia geral e equivocada de que a região apresentava uma única e grande planície.
FORMAS DE RELEVO DA AMAZÓNIA
Segundo o dicionário técnico da nova classificação para o Brasil, é possível dividir o relevo amazônico em três principais formas:
I) Depressão: Caracteriza-se por ser uma. superfície entre 1OO-5OOm de altitudes com suave inclinação, formada por processos prolongados de erosão. É mais plana do que o planalto.
II) Planalto: O termo nos parece sugestivo, porém nada tem a ver com plano alto. Trata-se de uma superfície irregular com altitude acima de 30om. É o produto da erosão sobre as rochas cristalinas (metamórficas) ou  sedimentares. Pode apresentar morros, serras ou elevações íngremes de topo plano (chapadas).
III) Planície: É uma superfície muito plana, com no máximo 100m de altitude, formada pelo acúmulo recente de sedimentos movimentados pelas águas do mar, de rios ou de lagos. Ocupa porção modesta no conjunto do relevo brasileiro.
CLASSIFICAÇÃO ATUAL DO RELEVO
A recente classificação do professor Jurandyr Ross resultou de uma pesquisa baseada em levantamentos feitos pelo RADAMBRASIL que fotografou cada pedaço do País com equipamentos especiais de radar instalados em um avião e imagens de satélites,?) de 1970 a 1985.
Examinando o mapa da classificação atual, podemos observar que apresenta,  conforme ordem crescente de altitude, a seguinte divisão:
1 Planície do rio Amazonas:
Compreende uma estreita faixa de terras planas que acompanha principalmente os rios Amazonas, Solimões, Purus, Juruá, Javari e Madeira, com altitudes inferiores a 10om e desníveis máximos de 6om. Foi o que restou daquela que se considerava uma planície gigantesca, reduzida cerca de vinte vezes do tamanho que se imaginava.
2. Depressão da Amazônia Ocidental:
É a mais ampla porção da região, apresentando altitudes entre 100 a 200 m.
3. Depressão Marginal Norte Amazônica:
As altitudes variam entre 200 e 300 metros.
4. Depressão marginal Sul Amazônica:
Também  apresenta uma variação de 200 a 300 metros de altitude.
5. Planalto da Amazônia oriental:
Recoberto por mata densa e com altitude entre 400 e 500 metros, abrange terras que vão de Manaus até o Oceano  Atlântico.
6. Planaltos residuais Norte Amazônicos
Possui as maiores altitudes da região variando entre 800 e 1.200m, e os pontos culminantes do relevo brasileiro, que são o Pico da Neblina (3.014m) e O Pico 31de março (2.992m), ambos na serra do Imerí, fronteira do Amazonas com a Venezuela. Nessas terras altas, as tempestades caem muito à noite e índice pluviométrico fica acima de 3.000 mm por ano, criando uma intensa nebulosidade que dificulta ou impede a obtenção de imagens de satélites ou fotos aéreas.
Além dos pontos apresentados no quadro acima, existem outros picos com me- inor altitude no extremo norte dos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio negro e Barcelos como o Aracá, Rondon, Tunuí, Macaco, entre outros, e as serras Tapirapecó, Traíra, Daraá, do Padre, Curupira, Bela Adormecida, Urucuzeiro, Kaburi, dos Porcos, da Pedra, Unaiuxi e Parima.
O perfil topográfico apresentado acima representa um corte transversal de noroeste a sudeste, com cerca de 2.000 km de comprimento, que vai das altíssimas serras do norte da região, na fronteira com a Venezuela, até o norte do Estado de Mato Grosso. Podemos notar claramente as estreitas faixas de planícies situadas às margens do rio Amazonas, a partir das quais seguem-se vastas extensões de planaltos e depressões.

1.  Quando se fala em relevo da Amazônia é comum se falar da :
2.  Por onde as expedições de reconhecimento andavam?
3.  Quais os limites da Amazônia?
4.  Quando iniciaram os estudos fisiográficos?
5.  Qual professor fez a proposta em 1995?
6.  Quais as 3 divisões do relevo amazônico?
7.  O que é planalto?
8.  O que é planície?
9.  O que é depressão?
10-Quais os rios que acompanham uma faixa estreita de terra plana?
11-Coloque as letras nas as colunas 
a-    Planície do Rio amazonas
b-    Depressão da Amazônia Ocidental:
c-    Depressão Marginal Norte Amazônica:
d-    Depressão Marginal Sul Amazônica
e-    Planalto da Amazônia oriental:
f-     Planaltos residuais Norte Amazônicos
(    ) Recoberto por mata densa e com altitude entre 400 e 500m
(    ) As altitudes variam entre 200 e 300 metros.
(    ) Compreende uma estreita faixa de terras planas
(    ) É a mais ampla porção da região
(    ) Também  apresenta uma variação de 200 a 300 metros de altitude.
(    ) possui as maiores altitudes da região entre 800 a 1200m

A CLASSIFICAÇÕES DO RELEVO AMAZÔNICO


Até pouco tempo atrás, quando se falava no relevo da Amazônia, logo se lembrava da grande Planície Amazônica. Aliás, essa denominação marcou durante muitos anos, como principal compartimento, o relevo da região. Dois fatores contribuíram para que essa ideia estivesse presente. O primeiro,  corresponde à visão científica do final do século XIX, uma vez que as expedições de reconhecimento limitavam-se aos trechos navegáveis dos rios, não percorrendo aqueles encachoeirados que banham terras mais altas ou acidentadas.O segundo, diz respeito às classificações de Aroldo de Azevedo e Aziz Nacib Ab,Saber.
Utilizando-se das tecnologias da época, eles configuraram a planície Amazônica como predominante na região, possuindo limites com o Planalto das Guianas e o Planalto Sul Amazônico. Todavia, após iniciarem-se os modernos estudos fisiográficos  da região nos anos 70, essa antiga visão passou a ser discutida por não se basear em cotas altimétricas.  Além disso, ela vem caindo em desuso face à proposta feita em 1995 pelo professor Jurandyr Ross, do departamento de geografia da USP.
Com base nessa nova fisiografia e na reavaliação dos conceitos técnicos das formas de relevo encontrados no Brasil, podemos dizer que o número de porções do relevo amazônico praticamente dobrou  como veremos adiante, representando mais fielmente as diversas formas de topografia, mudando aquela ideia geral e equivocada de que a região apresentava uma única e grande planície.
FORMAS DE RELEVO DA AMAZÓNIA
Segundo o dicionário técnico da nova classificação para o Brasil, é possível dividir o relevo amazônico em três principais formas:
I) Depressão: Caracteriza-se por ser uma. superfície entre 1OO-5OOm de altitudes com suave inclinação, formada por processos prolongados de erosão. É mais plana do que o planalto.
II) Planalto: O termo nos parece sugestivo, porém nada tem a ver com plano alto. Trata-se de uma superfície irregular com altitude acima de 30om. É o produto da erosão sobre as rochas cristalinas (metamórficas) ou  sedimentares. Pode apresentar morros, serras ou elevações íngremes de topo plano (chapadas).
III) Planície: É uma superfície muito plana, com no máximo 100m de altitude, formada pelo acúmulo recente de sedimentos movimentados pelas águas do mar, de rios ou de lagos. Ocupa porção modesta no conjunto do relevo brasileiro.
 CLASSIFICAÇÃO ATUAL DO RELEVO
A recente classificação do professor Jurandyr Ross resultou de uma pesquisa baseada em levantamentos feitos pelo RADAMBRASIL que fotografou cada pedaço do País com equipamentos especiais de radar instalados em um avião e imagens de satélites,?) de 1970 a 1985.
Examinando o mapa da classificação atual, podemos observar que apresenta,  conforme ordem crescente de altitude, a seguinte divisão:
1 Planície do rio Amazonas:
Compreende uma estreita faixa de terras planas que acompanha principalmente os rios Amazonas, Solimões, Purus, Juruá, Javari e Madeira, com altitudes inferiores a 10om e desníveis máximos de 6om. Foi o que restou daquela que se considerava uma planície gigantesca, reduzida cerca de vinte vezes do tamanho que se imaginava.
2. Depressão da Amazônia Ocidental:
É a mais ampla porção da região, apresentando altitudes entre 100 a 200 m.
3. Depressão Marginal Norte Amazônica:
As altitudes variam entre 200 e 300 metros.
4. Depressão marginal Sul Amazônica:
Também  apresenta uma variação de 200 a 300 metros de altitude.
5. Planalto da Amazônia oriental:
Recoberto por mata densa e com altitude entre 400 e 500 metros, abrange terras que vão de Manaus até o Oceano  Atlântico.
6. Planaltos residuais Norte Amazônicos
Possui as maiores altitudes da região variando entre 800 e 1.200m, e os pontos culminantes do relevo brasileiro, que são o Pico da Neblina (3.014m) e O Pico 31de março (2.992m), ambos na serra do Imerí, fronteira do Amazonas com a Venezuela. Nessas terras altas, as tempestades caem muito à noite e índice pluviométrico fica acima de 3.000 mm por ano, criando uma intensa nebulosidade que dificulta ou impede a obtenção de imagens de satélites ou fotos aéreas.
Além dos pontos apresentados no quadro acima, existem outros picos com me- inor altitude no extremo norte dos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio negro e Barcelos como o Aracá, Rondon, Tunuí, Macaco, entre outros, e as serras Tapirapecó, Traíra, Daraá, do Padre, Curupira, Bela Adormecida, Urucuzeiro, Kaburi, dos Porcos, da Pedra, Unaiuxi e Parima.
O perfil topográfico apresentado acima representa um corte transversal de noroeste a sudeste, com cerca de 2.000 km de comprimento, que vai das altíssimas serras do norte da região, na fronteira com a Venezuela, até o norte do Estado de Mato Grosso. Podemos notar claramente as estreitas faixas de planícies situadas às margens do rio Amazonas, a partir das quais seguem-se vastas extensões de planaltos e depressões.

1.  Quando se fala em relevo da Amazônia é comum se falar da :
2.  Por onde as expedições de reconhecimento andavam?
3.  Quais os limites da Amazônia?
4.  Quando iniciaram os estudos fisiográficos?
5.  Qual professor fez a proposta em 1995?
6.  Quais as 3 divisões do relevo amazônico?
7.  O que é planalto?
8.  O que é planície?
9.  O que é depressão?
10-Quais os rios que acompanham uma faixa estreita de terra plana?
11-Coloque as letras nos as parênteses correspondentes:
a-    Planície do Rio amazonas
b-    Depressão da Amazônia Ocidental:
c-    Depressão Marginal Norte Amazônica:
d-    Depressão Marginal Sul Amazônica
e-    Planalto da Amazônia oriental:
f-     Planaltos residuais Norte Amazônicos
(    ) Recoberto por mata densa e com altitude entre 400 e 500 metros
(    ) As altitudes variam entre 200 e 300 metros.
(    ) Compreende uma estreita faixa de terras planas
(    ) É a mais ampla porção da região
(    ) Também  apresenta uma variação de 200 a 300 metros de altitude
(    ) possui as maiores altitudes da região entre 800 a 1200 metros

terça-feira, 1 de novembro de 2016

O RURAL E O URBANO

O RURAL E O URBANO   
O espaço rural e o espaço urbano são formados por paisagens diferentes, mas que de relacionam. enquanto no espaço rural, geralmente são produzidos os alimentos que chegam em nossas casas, no espaço urbano as fábricas produzem produtos variados, desde roupas e sapatos até eletrodomésticos e carros.
No espaço rural há uma grande área verde natural ou cultivada, e a poluição sonora e do ar são bem menores, já o espaço urbano é ocupado quase que totalmente por casa, prédios, grandes avenidas, muitos carros e fábricas, que contribuem para os níveis de poluição.
O espaço rural e suas paisagens
É no espaço rural onde geralmente os alimentos são produzidos, e as matérias primas são retiradas da natureza para uso do homem.
Paisagem rural
            as paisagens do campo ou rural formam os espaços usados pelos seres humanos para, sobretudo, desenvolver atividades do setor primário de produção: agricultura, pecuária e extrativismo .
            na paisagem rural, os elementos visíveis: da natureza estão modificados  pelos seres humanos, ao contrário do que ocorre na paisagem predominantemente natural,  na qual a vegetação original e a intervenção humana é praticamente nula.
Atividades econômicas na paisagem rural
A agricultura
            A agricultura é a atividade em que os seres humanos trabalham a terra semeando e depois colhendo espécies vegetais. O objetivo é reproduzir sementes e adquirir plantas necessárias à alimentação ou fabricação de produtos variados.
A  influência dos fatores naturais
            As paisagens rurais agrícolas são muito influenciadas por elementos naturais como clima o relevo e o solo.
            O desenvolvimento de técnicas agrícolas busca superar as condições naturais inadequadas para o plantio, como climas muito frios ou solos pouco férteis.
            Quanto maior o desenvolvimento tecnológico, menor é a influência dos fatores naturais sobre a produção, agrícola de um local.
Diferentes paisagens agrícolas
            Em várias partes do mundo é praticada a chamada agricultura tradicional, que se caracteriza por empregar grande número de trabalhadores e um número reduzido de máquinas e equipamentos.
            Em outros países, incluindo o Brasil, os produtores rurais vêm adotando técnicas e equipamentos mais avançados. Essa modernização do campo tem trazido duas consequências principais: aumento da produtividade das lavouras e redução do número de trabalhadores rurais que são substituídos pela tecnologia das máquinas.
            Assim encontramos países com paisagens rurais agrícolas distintas devido a vários elementos. Entre eles:
Tecnologia empregada
Tamanho da propriedade (PEQUENA MÉDIA OU GRANDE)
O tipo de cultivo ( alimentos para seres humanos, pastagem para gado, matéria prima para a industria etc.)
A pecuária
Há duas maneiras principais de realizar a pecuária ou criação de animais:
Pecuária extensiva- os animais são criados soltos no pasto
Pecuária intensiva- os animais são presos em galpões ou currais
Na pecuária há diversas especializações na criação animal:
Pecuária de corte- criação de bovino para a produção de carne
Pecuária de leite – criação de bovinos ou outros animais para a produção de leite
Pecuária de lã- criação de ovinos ou caprinos para produção de lã
Suinocultura – criação de porcos
Avicultura- criação de aves
Apicultura- criação de abelhas
Cunicultura- criação de coelhos
Piscicultura- criação de peixes
Equinocultura- criação de cavalos
O extrativismo
            As paisagens com predomínio de elementos naturais transformados pelo extrativismo- extração de recursos minerais ou vegetais- também são considerados espaços rurais. A extração mineral, por exemplo, modifica o relevo original elimina a vegetação e escava o solo.

ATIVIDADE
1    O QUE VOCÊ ENTENDE POR ESPAÇO RURAL?
2  O QUE VOCÊ ENTENDE POR ESPAÇÕ URBANO?
3    O QUE É PRODUZIDO NO ESPAÇO RURAL?
4  O QUE É PRODUZIDO NO ESPAÇO URBANO?
5  QUAIS ATIVIDADES SÃO DESENVOLVIDAS NO SETOR PRIMÁRIO? 
6  O QUE ENTENDEMOS POR AGRICULTURA?
7  COMO É CARACTERIZADA A AGRICULTURA TRADICIONAL?
8    QUAL A DIFERENÇA ENTRE PECUÁRIA INTENSIVA E PECUÁRIA EXTENSIVA?
9    O QUE VOCÊ ENTENDE POR EXTATIVISMO?
10- RELACIONE AS CRIAÇÕES:
1 PORCOS
2 ABELHAS
3 PEIXES
4 COELHOS
5 CAVALOS
6 AVES
7 CRIAÇÕE DE OVINOS OU CAPRINOS PARA PRODUÇÃO DE LÃ
8 CRIAÇÃO DE BOVINOS OU OUTROS ANIMAIS PARA PRODUÇÃO DE LEITE
9 CRIAÇÃO DE BOVINOS PARA A PRODUÇÃO DE CARNE
(    ) PISCICULTURA
(    ) CUNICULTURA
(    ) APICULTURA
(    ) EQUINOCULTURA
(    ) AVICULTURA
(    ) SUINOCULTURA
(    ) PECUÁRIA DE LÃ
(    ) PECUÁRIA DE LEITE

(    ) PECUÁRIA DE CORTE

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

APRESENTANDO A TERRA

A TERRA: CARACTERÍSTICAS GERAIS.
        A Terra, nosso planeta, localiza-se no sistema solar entre Vênus e Marte. Ela é o terceiro planeta mais próximo do Sol e o quinto do sistema solar em tamanho.
        No passado, alguns povos pensavam que a terra era plana. Com o avanço da ciência descobriu-se que ela é redonda e, e mais recentemente, por meio de estudos e análises de imagens de satélites artificiais, foi comprovado que é um corpo quase esférico. Nosso planeta é ligeiramente achatado nos polos. Esse formato é denominado geóide.
Na superfície terrestre estão os elementos que garantem a existência da vida, como água, gases, rochas e minerais. Essa superfície é irregular: existem lugares planos e elevados, áreas em regiões mais baixas, montanhas, vales e outras formas.
      A superfície terrestre é constantemente modificada pelos seres humanos, que nela constroem casas, represas, pontes etc., plantam e realizam diversas outras atividades; e também é transformado pela ação dos ventos, das águas e outros elementos da natureza.
O EIXO TERRESTRE
       Assim como a maior parte dos astros do sistema solar, a Terra gira em torno de si mesma. O eixo imaginário ao redor do qual ela gira recebe o nome de eixo terrestre. Ele atravessa dois pontos na superfície da Terra: o Pólo Norte e o Pólo Sul.
O eixo terrestre está inclinado em relação ao plano do movimento da Terra em torno do Sol
AS ZONAS TÉRMICAS
    Por causa da inclinação do eixo e da forma arredondada da Terra, a luz e o calor do Sol, importantes para o desenvolvimento da vida, não chegam com a mesma intensidade a todos os lugares do planeta.
As áreas próximas do Equador recebem grandes quantidades de calor e são mais iluminadas.
       Nos polos e nas regiões próximas a eles, os raios solares atingem a superfície de maneira muito inclinada e, por essa razão, a quantidade de calor é menor. Isso explica a formação das calotas de gelo nas proximidades dos polos Norte e Sul e pequena presença de seres humanos nessas regiões. As diferenças de intensidade de luz e calor que a Terra recebe do Sol estão entre os fatores que possibilitam dividi-la em
       Zonas térmicas. Essa divisão é importante para ajudar a compreender, por exemplo, as diferentes paisagens existentes na Terra
ATIVIDADE
1-  Qual é a localização da terra no sistema solar?
2-  Como é denominado o formato da terra?
3 - Quais os elementos que garantem a existência de vida na terra?
4- Quais os pontos que o eixo terrestre atravessa a terra?
5 - Por que a luz solar não chega a todos os pontos da terra ao mesmo tempo?
6- Quais são os fatores que possibilitam dividir a terra em zonas térmicas?

7- Desenhem o globo terrestre especificando as zonas térmicas da terra 

domingo, 4 de setembro de 2016

A TERRA NO UNIVERSO

A TERRA NO UNIVERSO

  O universo pode ser definido como tudo aquilo que existe. É o conjunto dos astros- estrelas, planetas, satélites naturais, cometas, entre outros- além de espaços vazios que existem entre eles. Esses espaços, embora não contenham ar (atmosfera), em geral contem minúsculas partículas de poeira, chamadas de poeira cósmica. Portanto, é incorreto afirmar que são totalmente vazios. A ciência que estuda o Universo é a astronomia.
Os planetas são astros sem luz própria que giram (gravitam) ao redor de uma estrela. A Terra. Dessa forma, é um planeta porque gira ao redor de uma estrela, o Sol. É dessa estrela que provém à maior parte da luz e do calor que recebemos. Sem o Sol, não haveria vida no planeta, nem água na forma líquida, nem os ventos.
As estrelas são astros luminosos- que possuem luz própria- formados principalmente, por material gasoso (hidrogênio e hélio), com temperaturas elevadíssimas. No interior delas ocorrem frequentes explosões que liberam energia e calor fortíssimos. A temperatura no interior do sol, por exemplo, gira em torno de 20 milhões de graus Celsius.
  O Universo é formado por um número incalculável de estrelas, de diferentes tamanhos e temperaturas. O Sol é considerado de tamanho pequeno, embora existam outras estrelas bem menores do que ele. Há estrelas, chamadas de anãs, que são até 450 vezes menores do que o Sol. Por outro lado, existem outras, chamadas de gigantes, que podem ser até mil vezes maiores do que o Sol.
A temperatura das estrelas está diretamente relacionada à sua cor. Ao contrário do que se imaginam, as mais quentes são azuis. Nessas estrelas, a temperatura na superfície (o interior ou centro é muito mais quente) pode chegar a 50 mil graus Celsius. Já as mais frias são vermelhas, com temperaturas que variam de 3 mil a 4 mil graus Celsius na superfície. O Sol apresenta uma cor intermediária: sua cor é amarela e a temperatura na superfície gira em torno de 5500 graus Celsius
ATIVIDADE
1 - O QUE É O UNIVERSO?
R - É o conjunto dos astros- estrelas, planetas, satélites naturais, cometas, entre outros- além de espaços vazios que existem entre eles.
1 - QUAL A CIÊNCIA QUE ESTUDA O UNIVERSO?
R - Astronomia
3 - PORQUE A TERRA PODE SER CONSIDERADA UM PLANETA?
 R - Porque ela não tem luz própria  gira ao redor de uma estrela o sol.
4 - O QUE SÃO AS ESTRELAS?
R- São astros luminosos- que possuem luz própria
5 - O QUE SÃO PLANETAS?
R- São astros sem luz própria que giram (gravitam) ao redor de uma estrela.
6 - CITE OS NOMES DOS PLANETAS DO NOSSO SISTEMA SOLAR.
                     R - Júpiter, Saturno
7 COMPLETE AS CRUZADAS
01) NOSSO PLANETA 
02) ASTROS LUMINOSOS COM LUZ PRÓPRIA
03) TEMPERATURA DAS ESTRELAS GRAUS
04) PLANETA DO SISTEMA SOLAR 
05) ASTROS SEM LUZ PRÓPRIA
06) MAIOR ESTRELA DO SISTEMA SOLAR